Fotografia e Arte

Quando a fotografia surgiu em 1826 muito se discutiu a respeito do seu valor artístico. Diziam que a imagem era feita pela máquina e não pelo fotógrafo. Muitos teóricos da época, incluindo Baudelaire, um dos mais expressivos representantes da cultura francesa, negavam publicamente a fotografia como forma de expressão artística, alegando que “a fotografia não passa de refúgio de todos os pintores frustrados”. Ou seja, aqueles que não sabiam pintar recorriam à fotografia por esta ser um procedimento puramente técnico que não exigia nenhum dom artístico.

A fotografia como um novo advento que permitia a representação fiel da realidade conturbou o mundo cultural e artístico europeu. Acreditavam que a fotografia substituiria a pintura e o desenho. Segundo o filósofo Walter Benjamin “já se haviam gasto vãs sutilezas em decidir se a fotografia era ou não arte mas, preliminarmente, ainda não se haviam perguntado se esta descoberta não transformaria a natureza geral da arte”.(Freund, 1982)

De fato, o surgimento da fotografia alterou drasticamente o mundo da arte. Por um lado, o surgimento da fotografia fez com que a pintura procurasse outras formas de interpretação da realidade. Assim, a pintura sentiu-se obrigada a produzir imagens que a câmara fotográfica não conseguia registar. Como exemplos extremos podemos citar o cubismo e o expressionismo com suas imagens bizarras e completamente descoladas da representação fidedigna da realidade. Veja os exemplos abaixo:

 

Abordagem pictórica: a imagem tem valor por si só

Tem muita foto que não precisa trazer mensagem alguma, só a beleza da imagem já lhe basta. Na verdade é muito difícil uma imagem que não traga um conceito por trás, já que toda foto é feita dentro de um contexto, de uma determinada época. Contudo, esse conceito pode ficar em segundo plano quando o valor da imagem é mais visual do que teórico.

 A supremacia da luz

A fotografia é por excelência o meio de produção que trabalha com a luz e a sombra. Assim, fotos que exploram bem esse jogo luminoso e cromático tendem a impressionar pela beleza visual. Dentro dessa categoria, gosto de destacar as fotos feitas em estúdio, cuja iluminação é cuidadosamente montada. Mas também é possível se obter excelentes imagens ao ar livre se as condições luminosas são propícias. Veja os exemplos abaixo feitos por Edward Weston. A princípio são objetos banais, como pimentões ou verduras, mas perceba como esses elementos ganham uma beleza especial quando bem iluminados.

Veja esse outro exemplo de Robert Mapplethorpe. A iluminação valoriza a musculatura e os contornos do corpo do modelo. Está certo que o modelo tem um corpo bonito, mas com certeza essa foto seria muito mais sem graça se não fosse essa luz bem montada. Isso mostra que a beleza da imagem está antes na luz do que no próprio modelo.

Ainda se falando de iluminação, não podemos deixar de citar as fotografias em HDR, uma técnica fotográfica muito recente, surgida com a tecnologia digital. HDR é a sigla em inglês para High Dynamic Range. Isso quer dizer que uma fotografia em HDR apresenta muito mais detalhes na variação da luz desde as sombras mais escuras até as áreas mais claras da imagem. Numa foto normal, se regulamos a câmera para captar bem as altas luzes, perdemos os detalhes nas áreas de sombra, ou seja, as sombras ficam muito escuras. Já, se regulamos a câmera para as áreas mais escuras, as altas luzes estouram, ficando tudo muito branco. Com a técnica HDR eliminamos esse problema, já que com ela nós obtemos uma imagem a partir de, pelo menos, três fotografias do mesmo objeto só que com regulagens diferentes para a captação da luz. O resultado final é uma imagem, por vezes estranha, mas muito interessante. Veja alguns exemplos de fotos em HDR e perceba a magia desse efeito luminoso:

Se quiser saber mais detalhes sobre HDR, veja esse excelente link: http://www.dicasdefotografia.com.br/o-que-e-hdr-por-que-usar-essa-tecnica

A cor predominante

Ainda se tratando de luz, não podemos deixar de falar da cor. Afinal, as cores são obtidas por diferentes comprimentos de onda dos raios luminosos. Contudo, quando trabalhamos com a cor, todo um novo universo de possibilidades se abre à nossa frente. É possível se fazer excelentes fotos usando apenas as cores como objeto de interesse. Nesse caso, saber combinar as cores é fundamental para uma boa composição. Muitas vezes essa mistura já vem pronta no mundo, basta sabermos aproveitar a ocasião. Veja os exemplos abaixo. Os objetos fotografados continuam reconhecíveis, mas não são eles que chamam a atenção e sim suas cores.

A força da forma

Mas não é só de luz que se faz uma foto. Afinal, 99,9% do que fotografamos é matéria. E toda matéria tem forma e volume. Sabendo combinar esses elementos conseguimos boas composições utilizando as linhas, as superfícies e as texturas. Pensar na composição da imagem através do uso de pontos, linhas e superfícies é tão importante que Kandinsky dedicou um livro inteiro sobre o tema: Ponto e linha sobre o plano.

Quando fotografamos pensando nesses elementos pictóricos, tais como as forças das linhas, o equilíbrio das formas e a textura dos objetos, estamos raciocinando a imagem fotográfica como um desenho. Para tanto é preciso seguir os ensinamentos do conceituado pintor Cezane, ou seja, reduzir os objetos do mundo nas suas formas mais primitivas. Assim, uma maçã torna-se uma esfera; uma garrafa torna-se um cone; um celular se torna um cubo e assim por diante. Daí a questão é só pensar na composição desses objetos como uma composição geométrica em que os objetos devem ser distribuídos de maneira a criar harmonia e equilíbrio. Isso pode parecer estranho a primeira vista, mas pode-se tornar natural com a prática.

Além disso, quando pensamos em composição de objetos nas imagens, podemos considerar alguns preceitos da Gestalt, ou seja, pensar na repetição das formas, nos agrupamentos, no contraste entre as linhas retas e curvas e na relação da figura com o fundo da imagem.

Um movimento fotográfico que levou em conta essas considerações foi o Modernismo Fotográfico no Brasil. Os fotógrafos desse grupo, inspirados pelos movimentos concretista e pelo construtivismo russo, abusaram das formas geométricas, das linhas e das repetições de padrões em suas imagens. Dentre os fotógrafos mais importantes desse movimento podemos destacar: José Oiticica Filho, Marcel Giro, German Lorca, Thomaz Farkas, José Yalenti e Geraldo de Barros.Veja alguns exemplos de fotos do modernismo brasileiro:

Ainda com relação à questão de composição, veja esse outro belo exemplo menos evidente realizado por Herb Ritz. Perceba a beleza das linhas sinuosas do corpo da modelo e do corte do vestido, assim como a harmoniosa forma do tecido esvoaçante. Tudo isso composto com um fundo claro, limpo e de linha reta.

 Abordagem conceitual: as mil palavras de uma imagem

Dizemos que uma foto é conceitual quando ela traz consigo uma mensagem, uma ideia, ou seja, quando a foto extrapola o campo da imagem pura e se relaciona com outras questões filosóficas, poéticas, sociais ou históricas.

A foto como prova documental

De acordo com a semiótica, a fotografia, é por natureza um índice. Ou seja, uma foto é um registro de algo que realmente ocorreu. Por exemplo: se uma pessoa foi registrada numa foto é porque essa pessoa realmente existiu; se um casamento foi clicado por um fotógrafo, é porque essa cerimônia realmente aconteceu. Isso pode parecer óbvio, mas é justamente esse caráter indicial da fotografia que a diferencia da pintura ou do desenho. Um pintor, por exemplo, pode inventar uma paisagem ou um personagem, mas um fotógrafo (a princípio) não, ele se baseia na realidade, no fato existente. É nesse contexto que estão incluídas as fotos históricas, documentais e sociais. São fotos que tem como valor registrar a existência das coisas, as transformações causadas pelo tempo e a diversidade da cultura humana.

Mas como uma foto que apenas registra um fato pode ter um valor artístico? Pelo simples motivo que nenhuma foto é inocente! Toda foto carrega o ponto de vista do fotógrafo. Ao enquadrar a imagem o fotógrafo está decidindo o que ele quer mostrar e o que quer deixar de fora da imagem. Assim, um mesmo acontecimento pode ser registrado de diferentes maneiras por diferentes fotógrafos. Cada um inclui na sua foto os seus valores, suas convicções, seu ponto de vista, sua opinião e, também, sua poética. São esses elementos que fazem os fotógrafos buscarem uma linguagem própria dentro da fotografia. Assim como na literatura cada escritor tem seu estilo de escrever, na fotografia cada fotógrafo tem seu jeito de olhar para as coisas.

No rol de fotógrafos que trabalham nessa temática podemos destacar grandes nomes como Sebastião Salgado, Claudia Andujar, Cartier Bresson e muitos outros.

Sebastião Salgado, por exemplo, é conhecido mundialmente por suas fotos que trazem uma crítica à exploração do trabalho e às desigualdades sociais. Veja um belo exemplo que esse fotógrafo desenvolveu com o tema “Trabalhadores”, registrando as condições de trabalho de pessoas menos favorecidas.

Claudia Andujar, por sua vez, tem como temática o registro do modo de vida de povos indígenas da Amazônia. Além de ser um belo estudo antropológico, o trabalho dessa fotógrafa é importante para não deixar se perder no tempo a cultura de um povo tão ameaçado em desaparecer.

Cartier Bresson, pautado no seu lema do “instante decisivo” dizia que para se obter uma boa fotografia era preciso saber o momento exato de dar o clique. Baseado nesse preceito, ele registrou de maneira primorosa acontecimentos no início do século passado. Suas fotos registraram fatos reais no momento do ápice de seu acontecimento e, por isso, ademas de surpreenderem pelo inusitado da situação, também nos serve como documento do estilo de vida daquela época.

Contudo, uma foto documental não necessita de grandes eventos, lugares ou pessoas exóticas para ter valor. A foto documental pode ser feita no nosso meio social, no nosso bairro. Registrar a arquitetura do bairro, o modo de vida das pessoas, o caminho que fazemos para ir pra escola ou trabalho, as transformações que a paisagem urbana sobre com o passar do tempo. Todo lugar, toda sociedade, toda comunidade é digna de ser fotografada porque é única no mundo. Podem até existir outras parecidas, mas não serão idênticas, e o mais importante, não serão as mesmas. Veja que lindo registro de um simples fato do cotidiano:

Fotografia: ser em vez de representar

Quando pensamos no valor de uma fotografia sempre a relacionamos como o registro de algo do mundo. Assim, uma foto pode ter um valor histórico por registrar uma época passada; pode ter um valor sentimental se for um retrato de uma pessoa amada ou pode ter um valor documental se for, por exemplo, a prova de um crime cometido.

Contudo, uma maneira interessante de pensar a fotografia é não tê-la como representação de algo (como cópia da realidade), mas alçá-la no lugar desse algo. Isso pode se dar de duas maneiras: na primeira, a fotografia, por ser um objeto físico (um pedaço de papel), é por si só parte da realidade e pode, portanto, ser ícone de si mesma. Na segunda maneira, a fotografia pode carregar tão intrinsecamente a referência daquilo que ela retrata que deixa de ser uma representação para tornar-se um ícone desse objeto ou pessoa. Ou seja, a fotografia deixa de ser uma simples imagem da coisa retratada para tornar-se um objeto independente que pode ser colocado no lugar dessa coisa. Parece complicado? Veja esses dois exemplos abaixo para entender melhor.

Andy Warhol foi talvez o artista mais conhecido da Pop Art americana. Não há quem não conheça suas obras com imagens da Marilyn Monroe, por exemplo. Marilyn foi um ícone do cinema americano. Contudo, esse trabalho de Andy Warhol é tão conhecido quanto a própria atriz. Assim, essa obra de Warhol é um ícone dele próprio e do movimento artístico ao qual ele pertenceu em meados do século passado. Essa imagem da Marilyn Monroe foi tão divulgada que já faz parte do imaginário popular e, portanto, dispensa explicação. Além disso, as obras de Warhol são na verdade serigrafias produzidas a partir de fotografias retiradas de revistas e jornais. Nesse sentido, o trabalho desse artista pop discute o próprio valor da fotografia como meio de divulgação da imagem e a sua característica reprodutível. Ou seja, é da natureza da fotografia permitir indefinidas cópias da mesma imagem. É justamente nesse ponto que Warhol toca quando reproduz dezenas de vezes a foto de Jacqueline Kennedy, por exemplo.

Outro exemplo de trabalho artístico que explora a iconicidade da fotografia é o realizado pelo fotógrafo paraense Alexandre Sequeira. Em seu trabalho Sequeira fotografa moradores de uma pequena vila, às margens do rio Mocajuba, no Estado do Pará. Depois de feitos os retratos, as imagens são transferidas em tamanho natural para toalhas de mesa, cortinas e lençóis pertencentes às pessoas fotografadas. Esses tecidos são, então, colocados de volta na casa de seus donos. Temos aqui um trabalho muito poético no qual a imagem de uma pessoa é gravada em algum tecido pertencente a ela. Como esse tecido fez parte de sua vida, ele está impregnado da existência dessa pessoa, está manchado pelo uso durante anos, ou seja, carrega consigo a história e a presença de seu dono.

Nunca imaginei que minha cortina fosse tão parecida comigo“, exclamou dona Benedita ao ver-se retratada no antigo tecido de sua casa.

A beleza e o interesse do trabalho de Sequeira se dá ao colocar de volta na casa da pessoa a imagem estampada no tecido usado. Com esse ato, o artista não coloca simplesmente a imagem da pessoa na casa dela. O tecido, por pertencer ao fotografado e carregar em si a história de seu dono, é a própria essência da pessoa que retorna ao lar. Assim, podemos dizer que o tecido não é a representação da pessoa, mas está ali no lugar dela, é a sua presença latente. De acordo com Chiodetto, um crítico de arte, “mais que atestar a presença das pessoas em um determinado lugar, as peças reapresentam, entre estampas, manchas acumuladas e a serigrafia sobreposta, delicadas tramas que falam de identidade e memória, esta última indelevelmente associada ao tempo“.

Sobre o tempo e o não-tempo

Quando se vai estudar sobre a filosofia da fotografia inevitavelmente se chega no tema da morte e da eternidade. São vários os autores que tratam desse assunto. Essas questões complexas, a princípio parecem fugidias, difíceis de serem entendidas. Mas quando nos debruçamos sobre elas e nos permitimos ser tocados por esses temas tão profundos, vamos sentindo um novo mundo se abrindo e nunca mais vemos uma foto da mesma maneira, com a mesma ingenuidade que tínhamos antes.

Como já havia dito antes, a fotogarfia é um registro de algum fato que aconteceu. Roland Barthes, um importante estudioso da fotografia, disse que a fotografia é o registro do “isso aconteceu”. Ou seja, quando vemos uma foto, temos a certeza de que aquele episódio ali mostrado realmente se sucedeu. Contudo, o passado é um tempo morto, é um tempo que não volta mais. Sendo assim, a fotografia é o registro de algo morto. Além disso, a fixidez, a imobilidade e o silêncio da imagem fotográfica também nos remete ao tema da morte. Veja o que Lucia Santaella disse a respeito disso: “Diferentemente do cinema, da televisão e do vídeo, que, graças ao movimento, guardam a memória dos mortos como se estivessem vivos, fotografias, devido à imobilidade, fixidez, que lhes são próprias, guardam a memória dos mortos como mortos.”

Por outro lado, se a imagem fotográfica registra um tempo morto, ela também guarda aquele instante passado pelo resto da eternidade. A imagem fotográfica fixa, estável, congelada, imutável, disponível para sempre, nos dá uma espécie de posse sobre o objeto fotografado, algo que pode ser conservado e olhado repetidas vezes.

Num outro nível, ainda mais metafórico, o instantâneo fotográfico, assim como a morte, “é um sequestro de um objeto para um outro mundo. Também como a morte, a tomada fotográfica é imediata e definitiva”. Contudo, “o outro mundo” em que o objeto fotográfico é tragado não é apenas o da morte do instante capturado, mas o de um outro tempo, de duração infinita na imobilidade total, interminável, imutável, perpétuo, eterno. Na petrificação fotográfica não está apenas a imobilidade mortífera, mas também a eternidade latente e indestrutível. Em outras palavras, de modo até mais sublime, quando falamos de morte e eternidade na fotografia, na verdade estamos falando do tempo. O tempo que se passou no momento em que a foto foi tirada; o tempo eternizado na imagem; o tempo que dura a fotografia (pois um dia ela pode se estragar) e o tempo que alguém pode se deter observando essa foto (neste caso, sempre um tempo presente).

São inúmeros os artistas que trabalham a questão do tempo (e da morte) na fotografia. David Hockney é apenas um deles. Por um período, seu trabalho fotográfico consistiu em registrar uma cena usando não apenas uma fotografia, mas um conjunto delas que depois eram justapostas para reconstruir aquele tempo passado. Com este trabalho o artista conseguia esticar o instante fotográfico para o tempo em que durasse a sessão de fotos. Como os modelos fotografados estavam em constante movimento, a cada clique o fotógrafo registrava uma pose diferente. Ao se juntar todas as fotos esses instantes se fundem criando um contínuo de tempo e movimento. Temos aqui uma ambiguidade, cada foto tem seu instante, o conjunto todo tem seu período, mas o que se vê é estático. Temos frações de segundos, registrados a cada clique, que na verdade não correspondem ao tempo exato da imagem e os personagens estão congelados num movimento eterno.

A fotografia cria novas possibilidades

Não tem como, sempre que falamos de fotografia estamos falando do registro da realidade. Mas será que deve ser sempre assim? Não poderia a fotografia inventar novas realidades, propor novos mundos, situações improváveis e personagens fantásticos? Claro que sim! Ainda mais com o advento da tecnologia digital e dos recursos do photoshop. Aliás, atualmente, a manipulação digital da imagem é tão comum que dispensa até mesmo qualquer exemplificação nesse texto.

Mas, mesmo muito antes de toda essa tecnologia existir, os artistas já se utilizavam da fotografia para propor situações inexistentes. Como exemplo disso podemos citar as fotografias surrealistas e as fotomontagens.

Ambos os movimentos surgiram no início do século passado e se utilizavam de recursos muitas vezes bastente primitivos como o recorte e a colagem. Se antes a fotografia sofria o preconceito de não ser uma técnica artística por ser um registro frio e objetivo da realidade, após essas vanguardas artísticas os fotógrafos romperam de vez com qualquer dúvida que pudesse existir com relação ao pertencimento da fotografia ao mundo da arte. Veja alguns exemplos abaixo e conclua você mesmo se essas imagens não são expressões poéticas e conceituais de seus autores.

Para finalizar quero apenas mostrar uma dupla de artistas franceses que trabalha com a criação de mundos ideais por meio da fotografia. Pierre et Gilles desenvolveram uma técnica de trabalho que funde fotografia e pintura e por meio de sua arte criam um mundo de fantasia, glamour e perfeição. Através da confecção de cenários, figurinos, maquiagem e do jogo de iluminação, os artistas constroem o conceito de ideal, que baseado na artificialidade, ultrapassa o “falso absoluto” para atingir o grau de hiper-realidade. Os personagens utilizados em suas fotos também ajudam na construção desse mundo ideal e belo. São recorrente em seus trabalhos a retratação de santos, mártires, heróis, deuses gregos e, é claro, celebridades do mundo real que, ironicamente vivem num mundo de fantasia à parte de nossa realidade.

Ficou interessado em estudar mais sobre a relação entre fotografia e arte? A Escola de Fotografia Áurea Fotográfica preza muito o desenvolvimento da linguagem e a exploração das diferentes possibilidades que a fotografia oferece. Nós temos professores que além de fotógrafos são artistas plásticos e, por isso, estão constantemente explorando esse campo da fotografia conceitual. Venha estudar conosco e desenvolver também esse seu lado artístico! Conheça mais sobre a escola em nosso site: www.aureafotografica.com.br